“A ideia não era simplesmente desenhar móveis, mas imaginar uma maneira de viver, um ambiente onde os objetos ocupam seu lugar naturalmente e se integram à vida cotidiana, com uma elegância espontânea e proporcionando uma sutil sensação de alegria”, detalha, emendando que abordou o design da mesma maneira que um couturier imagina uma peça de vestuário: esculpindo volumes, brincando com a tensão e a fluidez das formas, integrando uma noção de movimento e conforto absoluto. “Essa ideia se materializou, por exemplo, na poltrona Perfecto, cujo contorno que afunila suavemente foi moldado como uma cintura ajustada. O zíper pontuado por um pequeno cadeado [referência aos fechos encontrados nas bolsas e baús da Louis Vuitton] não é um mero ornamento, mas um elemento funcional que define a forma do assento, do mesmo jeito que uma costura estrutura uma peça de roupa”, explica Patrick, que se inspirou nos icônicos baús para desenhar um sofá. “Seu encosto esculpido, acentuado por uma faixa de couro costurada à mão, ecoa diretamente os reforços dos icônicos baús da maison. Ele transmite a ideia de um objeto que protege, que envolve, que cria uma impressão de refúgio enquanto afirma uma elegância atemporal.”