Ao sul dos Alpes Suíços, escondido no vale de Verzasca, o pequeno vilarejo de Corippo contava, em 2019, com apenas nove habitantes e parecia estar desaparecendo.
Considerado o menor povoado do país na ocasião, ele chama a atenção pela autêntica atmosfera medieval, com ruas estreitas, construções de pedra e uma vista incrível para as montanhas – um cenário digno de cinema. Entretanto, a população em declínio e o subsequente abandono das residências e do comércio local colocavam tudo em risco.
Foi quando a Fundação Corippo, criada para tentar manter viva a sua memória, teve uma ideia inusitada: adotar o conceito de Albergo Diffuso (já utilizado na Itália) e transformar as antigas casas em uma espécie de hotel, criando um complexo turístico ao longo de pequenas vielas e becos.




Como a maior parte da cidade é tombada pelo patrimônio histórico, a proposta era restaurar alguns edifícios e oferecer hospedagens autênticas para os turistas que desejassem conhecer e experimentar essa região.
Em 2022, a iniciativa tomou corpo, e o casal Jérémy Gehring e Désirée Voitle – dois habitantes do cantão do Ticino, na parte italiana da Suíça – chegou ao local com seus dois filhos para conduzir o projeto.

Experientes na área de hospitalidade, eles criaram uma osteria, comandada por Jérémy, com pratos típicos dos Alpes. Também passaram a administrar o hotel difuso – como a cidade chama as dez suítes espalhadas pelas casas medievais, devidamente restauradas para esse uso.
Para os hóspedes, a cidade reúne alguns cenários perfeitos de férias: além da hospedagem rústica, é possível curtir a beleza natural da região – repleta de trilhas, rios límpidos, lagos e algumas cachoeiras – e até visitar cidades suíças maiores e famosas, como Lugano, distante apenas 48 km dali.