À espécie de instalação de videiras feitas de gesso e cortiça, original da construção, juntam-se vários sofás Bombom, da designer portuguesa Joana Vasconcelos, luminárias de Frank Gehry e cadeiras de Philippe Starck. Até onde a vista alcança, tudo é vintage ou tem sobrenome importante: Le Gall, Mangiarotti, Cazenave, Paulin, Cardin, Maurer… As referências são infinitas e elegantes. “Combinamos peças pesadas com outras mais leves para gerar diferentes camadas de textura”, explica Arnaud. O resultado eclético e charmoso é reflexo da variedade arquitetônica da cidade e da definição precisa de atemporalidade. “Acho que está fora dos limites do espaço e do tempo, desconectado do mundo atual. É mágico. Quando faz sol, você se sente num filme italiano dos anos 1950, com todas as janelas abertas, os pássaros, as abelhas… De repente, puf! Começa a chover e a temperatura cai drasticamente, mudando o clima.” É o feitiço de Sintra. “Para os olhos, é fascinante e agradável. Um lugar onde você pode dar asas à imaginação”, crê o dono da casa, assim como acreditavam reis e rainhas antes dele.
