Quando olharmos para trás no futuro, duas apresentações em particular prometem ser lembradas como momentos definidores de 2025. A primeira, o espetáculo Staging Modernity, concebido por Andrea Trimarchi e Simone Farresin, do estúdio milanês Formafantasma, uma das duas duplas que dominaram os holofotes este ano. Em comemoração aos 60 anos do momento em que a Cassina passou a editar os históricos móveis que Le Corbusier, Pierre Jeanneret e Charlotte Perriand desenharam a partir de 1929, Trimarchi e Farresin orquestraram com a marca italiana um misto de dramaturgia com instalação no interior do Teatro Lirico Giorgio Gaber, no centro da cidade. Em cima do palco e de patamares espalhados em meio à plateia, com exemplares dos icônicos assentos LC1, LC2, LC3 e LC4 (entre outros móveis de estrutura tubular) e figuras de animais selvagens dispostos em cada um, atores cantavam, dançavam e encenavam textos questionadores da presença, indelével ainda hoje, do modernismo engendrado pelos três designers.
