Apesar de serem opções seguras, vale lembrar que há espécies nativas que também se adaptam bem a temperaturas de até 10 °C. Árvores como o ipê e a araucária são algumas das nossas representantes nacionais – mas não as únicas. “Usar nativas em projetos paisagísticos é um grande passo em termos de sustentabilidade e reflorestamento. Entre os arbustos, por exemplo, encontramos algumas opções nativas que aguentam o frio, como o capim-barba-de-bode, o capim-setária e o capim-dos-pampas, todos mais comuns na região Sul do país – nosso principal bioma de clima mais frio”, comenta a paisagista Catê Poli.
A boca de leão (Antirrhinum majus) é uma espécie herbácea que gosta de tempo fresco, sem extremos de temperaturas – ou seja, excesso de frio ou de calor. Por isso, os meses que antecedem o inverno são considerados ideais para o seu plantio. Suas flores em formato de espiga e sua haste longa fazem com que ela seja queridinha dos arranjos florais, ou seja, pode ser usada como flor de corte. Vai bem em jardineiras, canteiros e vasos já que não fazem maciços altos.
Muito ornamental, o capim-dos-pampas (Cortaderia selloana) é uma espécie nativa da região sul do Brasil. Suas inflorescências em tonalidades claras – como bege e branco – parecem plumas e, por isso, é muito usada em arranjos florais e em decorações diversas. Vai muito bem em canteiros e atinge alturas de até 3 m. É uma espécie que precisa de sol para crescer bem e, uma vez ao ano, precisa ser podada para manter a sua exuberância.
Tão ornamental quanto o capim-dos-pampas, a espécie Cenchrus setaceus também possui inflorescências exuberantes – seus tons, no entanto, variam de vermelho, rosa e roxo. Apesar do nome, ela é nativa da África e do sudoeste da Ásia e vem sendo muito usada por paisagistas porque aguenta bem a variação de temperatura e requer poucos cuidados.